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Resenha do livro: Marshall McLuhan

Herbert Marshall McLuhan foi um destacado educador, intelectual, filósofo e teórico da comunicação canadense, conhecido por vislumbrar a Internet quase trinta anos antes de ser inventada. Autor também do livro: "Os meios de comunicação como extensões do homem" (1964)
Trabalho acadêmico de Teoria da comunicação, a proposta era realizar uma resenha do livro "Os meios de comunicação como extensões do homem"
A priori nos tratamos sobre o escritor, McLuhan foi professor, formado em artes e em literatura inglesa, defendia a comunicação em massa e criou a expressão “o meio é a mensagem” e o termo “aldeia global”. Ele observava um horizonte onde haveria internet muito antes de ser inventada. Em forma suga, McLuhan neste livro irá mostrar como os meios e tecnologias são uma extensão do corpo humano.
Esta resenha foi dada atenção ao livro como um todo (primeira e segunda parte), sendo mais aprofundada nos dois primeiros capítulos sendo respectivamente “O meio é a mensagem” e” Os meios  quentes e meios frios".
Começando pelo “ O meio é a mensagem” é explicado o início de uma nova tecnologia e como irá gerar uma mudança nas vidas das pessoas e em seu comportamento na sociedade. Dando muitos exemplos, um que é chamado atenção é o da luz, para mostrar o meio como a mensagem, onde diz: “ a luz elétrica é informação pura. É algo assim como um meio sem mensagem, a menos que seja usada para explicitar algum anúncio verbal ou algum nome”. Sendo a luz o meio na qual gera acesso ao anúncio. De certo modo McLuhan mostra que o meio é capaz de controlar os padrões dos artefatos humanos.
É percebida uma aceitação da sociedade perante o impacto causado  pelos meios de forma natural. A intriga que McLuhan traz é que de forma paralelas, às novas tecnologias de comunicação serviram para um grande avanço, porém transformaram também os mesmos em uma “prisão” para quem utiliza. Trazendo essas informações para os dias de hoje, como discutido em aula, podemos lembrar dos smartphones que na verdade é um órgão vital externo. Essa tecnologia foi aceita tão fortemente que coisas sigilosas e íntimas ficam neste aparato externo.
Observando o capítulo “ Meios quentes e meios frios” pode ter a explicação de McLuhan onde se diz que o meio quente prolonga um sentido em alta saturação de dados e não precisa ser preenchido pelo receptor (isso ocorre por exemplo em rádio e cinema); e o meio frio ele fornece pouca quantidade de informação e exige muita ação do receptor (como exemplo telefone e tv). Ou seja, meios quentes tendem a excluir a participação e o frio tende a incluir mais participação.
Podendo levar em conta que o segundo e terceiro capítulo (“Reversão do meio superaquecido”) andam em conjunto, onde falam sobre a interação do público com os meios. Ou seja, um meio quente não requer participação e o frio pelo contrário precisava da mesma.
Em “ O amante de gadgets” o autor fala “ os homens logo se tornam  fascinados por qualquer extensão de sí mesmos”. Podendo relacionar aos dias de hoje com os relógios tecnológicos (wearbles) onde eles lêem mensagens, verificam sinais vitais e enviam essas informações ao computador ou celular. McLuhan diz que qualquer invenção ou tecnologia é uma extensão ou auto-amputação do nosso corpo, podendo ser relacionados aos sentidos também, não podemos esquecer da famosa nuvem, onde enfraquecem nossa memória pois nela são armazenados telefones e datas comemorativas.
No capítulo “ A energia híbrida" trata o mesmo meio proporcionando novas oportunidades, mas a transformação delas é o ser humano que faz um exemplo disso é a internet, um aparato multimidiático que junta conhecimento, informação e entretenimento.
Um capítulo que trata os meios como "metáforas ativas no seu poder de traduzir a experiência em novas formas” é o sexto conhecido como “ Os meios como tradutores” remete a ideia da necessidade de ser visto o famoso “postei” , seja um show, um passeio ou entrar em um relacionamento.
No fim da primeira parte, o capítulo “Desafio e colapso” mostra que a tecnologia é responsável pela mudança de costumes. Onde cria-se uma bolha para a era da tecnologia, fazemos compras, pedimos transportes,e podemos até mesmo escolher parceiros e deixamos de lado o básico que é a interação presente humana.
McLuhan em virtude ao que foi visto na primeira parte, mostra que não existe a realidade e o virtual, mas uma extensão que proporciona que pensamentos e questionamentos sejam vistos e resolvidos por completo. Mostra a era antes da revolução industrial até a era eletrônica. Onde o fato de estarmos tão conectados a essa bolha, pode comprometer nossa experiência e visão sobre o mundo.

Texto escrito em: 2021
Resenha do livro: Marshall McLuhan
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